sexta-feira, 18 de maio de 2007

c) faça uma comparação listando cada um dos serviços que existem neste website e tente responder às seguintes perguntas: Qual é mais completo, qual é mais seguro, qual tem utilização mais produtiva do ponto de vista da prática profisisonal ou do debate, seja ele político, científico, tecnológico etc. Preste bastante atenção e ressalte as diferenças de terminologia. Por exemplo: o que é comunidade no orkut será que também chama comunidade em outro website de relacionamento?
Ao comparar os tres website de ralacionamento pode se dizer que o myspce parece ser o mais completo pois alem dos “groups” , tem um fórum de debates e salas de bate-papo sobre vários temas.
d) identifique os casos em que estes websites de relacionamento são utilizados de forma ilegal, como incitação ao ódio racial, religioso, além de pirataria ou pedofilia. Como cada um destes websites lida com este problema? Há alguma forma de controle? como ela é feita
Selecionamos trechos do texto de Elis Monteiro,pois responde claramente a questao d.
Juventude on-line

"Qual o limite da intolerância"Elis Monteiro

"‘Sou um cara tranqüilo, não gosto de animais, nem de pretos! Outro dia eu estava passeando de carro, quando vi um cachorro grande, não me lembro, nem perco meu tempo pra saber raças de cachorros, eu parei o carro do lado do bicho, foi um tiro certeiro em sua cabeça! Peguei o corpo do cachorro, enfiei dentro de um saco plástico, levei e joguei em frente a uma ONG aqui no Rio! Melhor de tudo é que eu liguei avisando que tinha um cachorro lá morto dentro de um saco!’

Acredite quem quiser, mas essa é a forma como um certo cidadão se descreve no Orkut. Já no primeiro parágrafo ele consegue declarar seu racismo e faz apologia aos maus-tratos a animais. Brincadeira de mau gosto ou incitação ao ódio e à intolerância? Infelizmente, ele não é o único. Concentrados em comunidades espalhadas pelo Orkut e crentes de que estão protegidos sob o véu do anonimato, milhares de internautas resolveram partir para o ataque frontal a seus desafetos usando como ‘palco’ o mural de recados do Google (scrapbook) e os fóruns das comunidades.

Os nomes dos grupos variam tanto quanto o conteúdo, mas é recorrente, nelas, a discussão sobre a suposta ‘liberdade de expressão’, de que qualquer um tem o direito de declarar, seja onde for, que não gosta de negros, brancos, amarelos, nem de animais, e que admira o nazismo. Isso não é verdade. Velado ou declarado publicamente – e internet é território público – incitar o ódio e a segregação é crime.

Cada comunidade deste tipo gera scraps enfezados e correntes mil que ganham também os emails, criando uma guerra de nervos que já preocupa os freqüentadores do serviço de relacionamento e, claro, as entidades de defesa dos direitos humanos e dos animais. Tem mais: os scraps já estão na mira da Justiça.

"Scraps preconceituosos podem dar cadeia" – "A legislação brasileira é atrasada no que diz respeito a crimes praticados na internet. " Em pleno século XXI, para enfrentar a criminalidade na rede no Brasil, as autoridades precisam recorrer a um Código Penal criado na década de 30 que entrou em vigor nos anos 40, quando os criminosos ainda eram chamados de ‘punguistas’.

– Hoje, pela internet você compra bomba ou crianças ou armas – diz Romero Lyra, promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro. – Falta vontade por parte da classe política, aliada à falta de conhecimento.
Mesmo assim, o MP tem armas suficientes para garantir, diz Lyra, a investigação e a identificação de criminosos de qualquer tipo: desde os que cometem crimes de injúria, calúnia, difamação, racismo, incitação aos maus tratos a animais e, até mesmo, falsidade ideológica.

– É possível, sim, chegar aos autores dos delitos. Mas não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Crimes cometidos através do Orkut, por exemplo, vão depender, em muitos casos, da parte ofendida. É o que chamamos ‘ação penal privada’ (Qualquer pessoa que se sinta ofendida por comunidades que incitem o ódio racial e a segregação, por exemplo, pode apelar para o Ministério Público e abrir contra o praticante uma ação penal criminal). Neste caso, a parte ofendida precisa coletar indícios de que fatos delituosos podem estar ocorrendo lá – diz Lyra. – De outro lado, temos o que chamamos ‘ação penal pública’, quando o promotor recebe denúncias públicas de crimes e tem o dever de investigar.

O que o promotor quer dizer é que declarar-se nazista/racista/homofóbico na internet pode ter um preço muito alto.

– É falta de noção das normas sociais e jurídicas. É uma falta de limites, o que toda uma geração parece desconhecer. Estas pessoas estão certas da impunidade, acreditam que não é possível que elas sejam identificadas, o que é um engano. Temos softwares para identificação por IP e mecanismos avançados para identificar práticas criminosas na rede.

– A linha que separa uma brincadeira de Orkut de um crime é muito tênue. Muitas vezes, o título da comunidade dá margens a dúvidas, mas dentro você acaba tendo certeza de que há prática de crime. Segregar é crime de racismo – diz Opice Blum. – Você pode dizer que não acha a cor negra bonita, não é crime, mas xingar um negro é praticar injúria, é crime porque você está ofendendo. Outra coisa é planejar a extinção de uma espécie, o que chamamos de segregação. Outro exemplo: numa comunidade, dizer que os nordestinos devem voltar para o Nordeste é crime de racismo, porque você está segregando.

Pela lei 9459, de 1997, é crime de racismo praticar induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça e cor, religião, etnia e procedência. Quem comete crime de injúria pode pegar de um a seis meses de detenção ou multa. Injúria qualificada (quando se usa, na ofensa, elementos referentes a cor, raça, etnia, procedência) dá pena de um a três anos de reclusão e multa.


e) utilizando o google acadêmico, poste o título e o resumo de pelo menos dois artigos científicos que discutem websites de relacionamento.
Título [PT]: Campanhas eleitorais brasileiras na internet
Autor(es): Rogerio Garcia Fernandez
Titulacao:Mestre em Ciencias Politicas

Resumo: As campanhas eleitorais têm conquistado um novo espaço, trata-se da rede mundial de computadores, a Internet. Esta pesquisa buscou analisar os sites de campanhas eleitorais na Internet para cargos executivos nas eleições de 1998, 2000, e 2002, iniciando um debate sobre o papel dos meios de comunicação em sociedades democráticas e, em especial, da Internet. Em seguida, faço um levantamento das metodologias aplicadas ao estudo dos meios de comunicação e dos métodos de análise de conteúdo. A pesquisa, então, propõe um método próprio baseado 2nos indicadores de fluxos de comunicação dos sites. São, portanto, analisados mais de 22 mil dados referentes a 50 sites de campanhas eleitorais. Identifiquei ao mesmo tempo um aumento da personificação do conteúdo e uma discussão política, mais voltada a soluções práticas do que ideológicas. A Internet, no Brasil é uma ferramenta que pode ampliar o debate democrático pelo seu conteúdo mais aprofundado do que o de outros meios de comunicação, apesar de ter identificado, também, barreiras técnicas. Concluo observando que os sites das campanhas eleitorais vem, a cada ano, se modificando em função do desenvolvimento tecnológico e das necessidades, cada vez maiores, de uma sociedade que anseia por mais informações Abstract:


Electoral campaigns have moved into a new space formed by the World Wide Web, the Internet. This dissertation analyzes the use of websites in election campaigns in Brazil in the years 1998, 2000 and 2002. In these years mayoral, state governors and presidential campaigns were analyzed. The dissertation also discusses the role of the mass media, and in particular the Internet, in democratic societies. The methodologies used to study the media are analyzed and special attention is paid to the technique of content analysis. This method was adapted from the bibliography in order to empirically study the web sites selected in the three election periods. Over the short time period covered by this dissertation it was possible to identify an increasingly personal content in sites, at the same time as political discussion was seen to be more pragmatic, making proposals of a practical nature, than ideological. Websites in Brazil appear as tools which are capable of widening the democratic debate because they provide more content than is available in other media. The research also detected the role of technological change, as internet technology permits the use of new resources, these are incorporated into web sites which change to accompany technological evolution. Politicians who use websites seek to provide citizens with greater information than would be otherwise available, however, this is provided in a space which is increasingly configured and controlled in function of the needs and perceptions of the candidate.


Título [PT]: Saliencias visual e subjetiva como elementos norteadores na leitura de hipertextos jornalisticos
Título [EN]: Visual and subjective saliences as guiding elements in hypertexts reading of online newspapers
Autor(es): Daniele Cristina Rigolin
Titulaçao: Mestre em Linguistica Aplicada

Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar a influência de diferentes fatores que conferem saliência a determinadas informações no processo de leitura de hipertextos jornalísticos brasileiros. Nossa hipótese se baseia na existência de duas saliências principais: a saliência visual e a saliência subjetiva. A existência de saliência visual questiona a idéia bastante corrente de que o hipertexto oferece ao leitor caminhos de leitura totalmente livres. Acreditamos que o leitor, na escolha por links ou informações, no processo de sua leitura, possa ser influenciado pela saliência visual, marcada pelo destaque dado, por exemplo, pelo tamanho e localização de uma fotografia na tela ou pelo enquadramento em close de uma pessoa retratada. Entretanto, outros fatores (que não os visuais) podem ser norteadores na escolha do leitor por determinadas informações durante a leitura de textos e hipertextos: fatores subjetivos, tais como objetivos pré-definidos de leitura, conhecimento prévio e/ou discursivo e experiências pessoais ou afetivas do leitor. Denominamos de saliência subjetiva o maior ?peso? dado pelo leitor a certas informações textuais segundo alguns desses fatores subjetivos, durante o processo de (hiper)leitura. A análise empírica oferece exemplos ilustrativos dos dois tipos de saliência Abstract:

The aim of the work is to analyse different factors that make some information more salient than others during the process of brasilian digital newspaper reading. Two different types of salience are being considered: visual salience and subjective salience. The possibility of constructing visual salience during the process of hypertext construction questions the widely accepted idea that hypertext offers a total freedom of choice to readers. We believe that the reader's choice for specific links or informations may be highly influenced by the visual salience constructed for instance through the specific size of images and location in the screen. However, to understand the choices of links or informations during the reading process one must also considerate the role of more subjetive factors: the personal history of the reader or his/her purpose for reading may also affect issues realized as relevant during reading. Such perception may also guide his/her choices. We label this second type of salience as subjective salience. The empirical study offers some example of both types of salience